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Significations et usages de Peru

Définition

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Synonymes

Peru (n.m.) (Portugal)

República do Peru

Voir aussi

Peru (n.m.)

peruano

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Locutions

10866 Peru • Alto Peru • Alto do Peru (Salvador) • Amazonas (Peru) • Anta (Peru) • Bandeira do Peru • Biblioteca Nacional do Peru • Bolívar (província do Peru) • Brasil-Peru em futebol • Brasão de armas do Peru • Bálsamo-do-peru • Cabana (Peru) • Clima do Peru • Concepción (província do Peru) • Confederação Peru-Boliviana • Conflito interno no Peru • Copa Peru • Cultura do Peru • Cáceres del Perú (distrito) • Demografia do Peru • Departamento Litoral (Peru) • Departamento de Tarapacá (Peru) • Destinos LAN Perú • Destinos TACA Perú • Distritos do Peru • East Peru • Economia do Peru • Educação no Peru • El Perú • Eleição geral no Peru em 2011 • Eleições gerais no Peru em 2011 • Estádio Nacional do Peru • Expedição Libertadora do Peru • Fauna e flora do Peru • Flora e fauna do Peru • França-Peru em futebol • Fronteira Bolívia-Peru • Fronteira Brasil-Peru • Fronteira Chile-Peru • Fronteira Colômbia-Peru • Fronteira Equador-Peru • Futebol no Peru • Geografia do Peru • Guerra Civil no Peru • Hidrografia do Peru • Himno Nacional del Perú • História do Peru • Huari (Peru) • Imigração japonesa no Peru • Jaén (província do Peru) • Jockey Club del Perú • LAN Perú • Literatura do Peru • Loreto (Peru) • Luis Peru de Lacroix • Língua de Sinais do Peru • Manas (Peru) • Mendoza (Peru) • Missões diplomáticas do Peru • O Perú Molhado • Palácio do Governo do Peru • Partido Comunista do Peru • Peru (Illinois) • Peru (Indiana) • Peru (Kansas) • Peru (Nebraska) • Peru (ave) • Peru (desambiguação) • Peru nos Jogos Olímpicos • Peru nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 • Peru nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 • Peru nos Jogos Olímpicos de Verão de 1996 • Peru nos Jogos Olímpicos de Verão de 2000 • Peru nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 • Peru nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 • Peru nos Jogos Pan-americanos de 2007 • Peru-do-mato • Perú (La Pampa) • Polícia Nacional do Peru • Política do Peru • Ponte Internacional Brasil e Peru • Província de Iquique (Peru) • Província de Tarapacá (Peru) • Relações entre Brasil e Peru • Relevo do Peru • Requena (Peru) • Rio Tigre (Peru) • Salamanca (Peru) • San Buenaventura (Peru) • San Carlos (distrito do Peru) • San Lorenzo (Peru) • San Lorenzo (distrito do Peru) • San Luis (Peru) • Santa Cruz (província do Peru) • Santa María (Peru) • Sismo do Peru de 2007 • Sismo do sul do Peru de 2001 • Subdivisões do Peru • São Tomás (Peru) • TACA Perú • TV Perú • Templo de Lima, Peru • Terremoto do Peru de 2007 • Terremoto do sul do Peru de 2001 • Trujillo (Peru) • Turismo no Peru • Vice-Reino do Peru • Yungay (Peru)

Dictionnaire analogique

Wikipedia - voir aussi

Wikipedia

Peru

                   
República del Perú (espanhol)
Piruw Ripublika (quíchua)
Piruw Suyu (aimará)
República do Peru
Bandeira do Peru
Brasão de armas do Peru
Bandeira Brasão de armas
Lema: Firme y feliz por la unión
Hino nacional: Himno Nacional del Perú
Gentílico: peruano(a);
peruviano(a)[1]

Localização  República do Peru

Capital Lima
Língua oficial Espanhol
Línguas cooficiais: Quíchua, aimará, outras línguas nativas
Governo República unitária
 - Presidente Ollanta Humala
 - Vice-presidentes Marisol Espinoza
vacante
 - Primeiro-ministro Oscar Valdés
 - Presidente do Congresso da República Daniel Abuggatás
Independência da Espanha 
 - Declarada 28 de Julho de 1821 
 - Consolidada 9 de Dezembro de 1824 
Área  
 - Total 1 285 220 km² (20.º)
 - Água (%) 8,80
População  
 - Censo 2007 28 674 757 hab. 
 - Densidade 22 hab./km² (183.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2005
 - Total US$ 170,089 bilhões USD (51.º)
 - Per capita US$ 6 715 USD (94.º)
Indicadores sociais
 - Gini (2008) 47,9
 - IDH (2010) 0,723 (63.º) – elevado[2]
 - Esper. de vida 71,4 anos (104.º)
 - Mort. infantil 21,2/mil nasc. (97.º)
 - Alfabetização 89,6% (98.º)
Moeda Nuevo sol (PEN)
Fuso horário (UTC-5)
Cód. Internet .pe
Cód. telef. +51
Website governamental http://www.peru.gob.pe/

Mapa  República do Peru

O Peru (quíchua: Piruw; aimará: Piruw; espanhol: Perú), oficialmente chamado de República do Peru (em espanhol: República del Perú), é um país sul-americano limitado ao norte pelo Equador e pela Colômbia, a leste pelo Brasil e pela Bolívia e ao sul pelo Chile. O seu litoral, a oeste, é banhado pelo Oceano Pacífico.

O território peruano abrigou a civilização de Caral, uma das mais antigas do mundo, bem como o império Inca, considerado o maior Estado da América pré-colombiana. O seu território foi elevado a vice-reinado pelo Império Espanhol, no século XVI.

O Peru é uma república presidencialista democrática dividida em 25 regiões. A sua geografia é variada, exibindo desde planícies áridas da costa do Pacífico, aos picos nevados dos Andes e à floresta amazônica, característica que proporciona a este país diversos recursos naturais.

As principais atividades econômicas incluem a agricultura, a pesca, a exploração mineral e a manufatura de produtos têxteis. Após a sua independência em 1821, o Peru passou por períodos de alternância entre turbulência política e crise fiscal e estabilidade e crescimento econômico.

A população peruana, estimada em 28 milhões, é de origem multiétnica e possui um alto grau de mestiçagem, incluindo ameríndios, europeus, africanos e asiáticos. O país é considerado nação em desenvolvimento e possui um nível de pobreza de 34%.

O idioma oficial é principalmente o espanhol, ainda que um número significativo de peruanos fale quechua e outras línguas nativas. A mistura de tradições culturais produziu uma diversidade de expressões nas artes, na culinária, na literatura e na música.

Índice

  História

  Machu Picchu, classificado pela UNESCO como um dos Patrimônios mundiais. As ruínas são também conhecidas como a Cidade perdida dos Incas e estão localizadas a 2.400m de altitude, próximas ao vale do rio Urubamba.

Os primeiros indícios da presença humana no território peruano datam de aproximadamente 10.560 a.C.[3] A mais antiga sociedade complexa conhecida no Peru e nas Américas, a civilização Caral, floresceu ao longo da costa do Oceano Pacífico entre 3000 e 1800 a.C.[4] Estes desenvolvimentos iniciais foram seguidos de culturas arqueológicas, como Cupisnique, Chavin, Paracas, Mochica, Nazca, Wari e Chimu. No século XV, os Incas emergiram como um poderoso Estado e, no espaço de um século, formaram o maior império da América pré-colombiana.[5] Sociedades andinas foram baseadas na agricultura, utilizando técnicas como a irrigação e terraceamento, pecuária de camelídeos e pesca também eram importantes. A organização era baseada no princípio da reciprocidade e redistribuição porque estas sociedades não tinham nenhuma noção de mercado ou dinheiro.[6]

Nos anos entre 1524 e 1526 a varíola, introduzida a partir do Panamá e antes da conquista espanhola varreu o império inca.[7] A morte do governante inca Huayna Capac, bem como da maioria de sua família, incluindo seu herdeiro, causou a queda da estrutura política inca e contribuiu para a guerra civil entre os irmãos Atahualpa e Huáscar.[8]

Em 1532, um grupo de conquistadores e de nativos americanos liderados por Francisco Pizarro derrotou e capturou o imperador inca Atahualpa. Francisco Pizarro exigiu ouro e prata em troca da libertação do Sapa Inca e, apesar de Francisco Pizarro ter recebido uma sala de ouro e dois quartos seguintes com prata, até ao nível do alcance dos braços de Atahualpa, Atahualpa foi executado e Francisco Pizarro conquistou o império e impôs o domínio espanhol. Dez anos depois, a Coroa espanhola criou o Vice-Reino do Peru, que incluía todas as suas colônias da América do Sul.[9] Viceroy Francisco de Toledo reorganizou o país na década de 1570 com a mineração como principal atividade econômica e com o trabalho forçado indígena como a sua principal força de trabalho.[10]

O ouro peruano trouxe receitas para a Coroa espanhola e alimentou uma rede complexa de comércio que se estendeu até a Europa e as Filipinas.[11] No entanto, por volta do século XVIII, o declínio da produção de prata e a diversificação econômica muito reduziu a renda real.[12] Em resposta , a Coroa promulgou as Reformas Bourbônicas, uma série de decretos que aumentaram os impostos e dividiram o Vice-Reinado do Peru.[13] A nova legislação provocou a rebelião de Túpac Amaru II e outras revoltas, que foram derrotadas.[14]

No início do século XIX, enquanto a maioria da América do Sul era assolada por guerras de independência, o Peru continuou a ser um reduto monarquista. Como a elite hesitou entre emancipação e lealdade para com a monarquia espanhola, a independência foi obtida apenas após as campanhas militares de José de San Martín e Simón Bolívar.[15] Durante os primeiros anos da República, lutas endêmicas pelo poder entre líderes militares causaram instabilidade política.[16] A identidade nacional foi forjada durante este período, com projetos bolivarianos que afundaram, como a Confederação da América Latina, e uma união com a Bolívia que se mostrou efêmera.[17] Entre 1840 e 1860, o Peru desfrutou de um período de estabilidade sob a presidência de Ramón Castilla através do aumento da receita do Estado com as exportações de guano.[18] No entanto, em 1870, esses recursos foram desperdiçados, o país estava pesadamente endividado e a luta política voltou a aumentar.[19]

  Centro Histórico da Cidade de Arequipa, segunda maior cidade do Peru, fundado em 1540, e Patrimônio Mundial da UNESCO.

O Peru foi derrotado pelo Chile na Guerra do Pacífico entre 1879-1883, perdendo as províncias de Arica e Tarapacá nos tratados de Ancón e Lima. Durante a ocupação chilena de Lima, autoridades militares chilenas transformaram a Universidade Nacional Maior de São Marcos e o recém-inaugurado Palacio de la Exposición em quartéis, invadiram as escolas médicas e outras instituições educacionais, saquearam o conteúdo da Biblioteca Nacional do Peru e transportaram milhares de livros (incluindo volumes originais de muitos séculos de idade), além do estoque de capital que foi levado para Santiago do Chile, e uma série de monumentos e obras de arte que decoravam a cidade.[20] Lutas internas após a guerra foram seguidas por um período de estabilidade no âmbito do Partido Civil, que durou até o início do regime autoritário de Augusto B. Leguía.[21] A Grande Depressão causou a queda de Leguía, renovada turbulência política e a emergência da Aliança Popular Revolucionária Americana (APRA).[22] A rivalidade entre esta organização e uma coalizão das elites e dos militares definiram a política peruana nas três décadas seguintes.[23]

Em 1968, as Forças Armadas, lideradas pelo general Juan Velasco Alvarado, aplicaram um golpe militar contra o presidente Fernando Belaúnde. O novo regime levou a cabo reformas radicais para fomentar o desenvolvimento, mas não obteve apoio generalizado.[24] Em 1975, Velasco foi substituído como presidente pelo general Francisco Morales Bermúdez, que paralisou as reformas e supervisionou o restabelecimento da democracia.[25]

Durante a década de 1980, o Peru enfrentou uma considerável dívida externa, inflação crescente, um aumento no tráfico de drogas e violência política maciça.[26] Cerca de 70.000 pessoas morreram durante o conflito entre forças do Estado e os guerrilheiros maoístas do Sendero Luminoso.[27] Com a presidência de Alberto Fujimori (1990-2000), o país começou a se recuperar, no entanto, as acusações de autoritarismo, corrupção e violações dos direitos humanos forçaram sua renúncia após a polêmica eleição de 2000.[28] Desde o fim do regime de Fujimori, o Peru tenta lutar contra a corrupção, enquanto mantém o crescimento econômico; desde 2011, o presidente é o lider do partido nacionalista Ollanta Humala.[29]

  Geografia

O Peru situa-se no oeste da América do Sul, nas margens do Oceano Pacífico Sul, entre o Chile e o Equador. Também faz fronteira com a Colômbia, o Brasil e a Bolívia.

As planícies costeiras ocidentais (conhecidas como costa) estão separadas das terras baixas orientais cobertas pela selva da bacia do Amazonas (a selva) pelas altas e escarpadas montanhas dos Andes (a sierra). Na fronteira com a Bolívia, situa-se o lago Titicaca, o lago navegável de maior altitude do mundo, a 3.821 metros.

  Clima

O Peru possui grande variedade de temperaturas, paisagens e ecossistemas. Na costa, quase nunca chove e, em geral, existem duas estações: a quente e a fria. A estação quente vai desde 15 de novembro até fins de março. A estação fria se apresenta desde o mês de abril até a primeira quinzena de novembro. Durante esta estação, existe muita umidade. Na serra e na selva, à diferença da costa, a temporada de chuvas é mais quente, acontecendo desde a primeira quinzena de novembro até fins de março. A temporada fria ocorre entre abril e a segunda quinzena de novembro.

O clima apresenta-se complexo, variando de acordo com a altitude e a precipitação. Nas áreas planas da costa litorânea domina clima árido e desértico; nas áreas serranas têm-se clima temperado de altitude, com vegetação estépica (páramos). Na Cordilheira dos Andes, em áreas bem elevadas, ocorre clima frio com seus picos cumeados de neves eternas, assim como nas regiões da planície amazônica tem-se clima quente e úmido dominado pela luxuriante floresta trópico-equatorial perene.

O clima predominante é o equatorial.

  Demografia

  Delegação Olímpica Peruana, vestindo roupa costeira tradicional, retrata a sociedade multicultural da nação.

Com cerca de 29 milhões de habitantes, o Peru era o quarto país mais populoso da América do Sul em 2007.[30] A taxa de crescimento demográfico caiu de 2,6% para 1,6% entre 1950 e 2000, a população deverá atingir cerca de 42 milhões de pessoas em 2050.[31] Em 2007, 75,9% viviam em áreas urbanas e 24,1% nas zonas rurais.[32] Suas maiores cidades são Lima, lar de mais de 8 milhões de habitantes, Arequipa, Trujillo, Chiclayo, Piura, Iquitos, Cusco, Chimbote e Huancayo, que relatou mais de 250.000 habitantes no censo de 2007.[33] Na região amazônica, existem 16 famílias etnolinguísticas e mais de 65 grupos étnicos diferentes.[34] Depois do Brasil e da Nova Guiné, o Peru tem a maior número de tribos isoladas em todo o mundo.[35]


  Etnias

O Peru é um país multiétnico formado pela combinação de diferentes grupos ao longo de cinco séculos. Ameríndios habitavam o território peruano há vários milênios antes da conquista espanhola no século XVI. Sua população diminuiu de cerca de 9.000.000 em 1520 para cerca de 600 mil em 1620 principalmente por causa de doenças infecciosas.[36]

O gigantesco Império Inca foi facilmente derrubado por um grupo de duzentos e poucos espanhóis, devido à sua estratificação social rígida dominada por uma estreita camada nobre, que foi facilmente substituída por outra, a serviço dos espanhóis. E também pela incapacidade de autodefesa típica de sociedades despóticas. Séculos de rígida disciplina hierárquica criaram na região incaica uma ampla camada de camponeses submissos que, por meio da mita, passaram a se submeter aos colonizadores. Este processo deu origem à população andina e, por consequência, à peruana. Darcy Ribeiro divide a população andina nos seguintes seguimentos:[37]

  • Brancos por definição: a pequena camada mestiça das classes média e alta. Apesar de serem predominantemente mestiços de branco com índio, por deterem o poder político e econômico e terem costumes mais europeizados, formam o segmento autodefinido como "branco".[37]
  • Cholos: estrato ladino, predominantemente indígenas do ponto de vista racial, mas culturalmente deculturados e integrados na sociedade devido ao maior processo de espanholização. São geralmente bilíngues, falando o espanhol e alguma língua indígena. Predominam nas cidades e nas fazendas da costa.[37]
  • Índios: predominam no interior do país. Preservam mais elementos da cultura original, embora eles próprios tenham sofrido influências europeias e processos próprios de mudança cultural. Distinguem-se dos cholos pelo seu maior conservadorismo cultural, sua pouca participação na sociedade nacional, sua condição geral de analfabetos e sua maior concentração no meio rural. Falam principalmente línguas indígenas e parte considerável não sabe falar o espanhol.[37]
  • Outro estrato ladino: diferenciado dos cholos por serem predominantemente monolíngues em espanhol. É constituído por uma camada urbana e um contigente rural. É formado por mestiços fruto da mistura de mulheres indígenas e cholas com descendentes de escravos negros e de imigrantes asiáticos, chineses e japoneses, e também alguns brancos. Como esses grupos foram pouco numerosos e compostos sobretudo por homens, rapidamente passaram a se dissolver na população, mas imprimiram marcas raciais diferenciadoras do elemento indígena, como é o caso dos descendentes mestiços de japoneses.[37]

Em 1994, o Peru assinou e ratificou o direito internacional atual sobre povos indígenas, Convenção sobre os Povos Indígenas e Tribais, 1989.[38] Espanhóis e africanos chegaram em grande número durante o domínio colonial, misturando muito uns com os outros e com os povos indígenas nativos.

Após a independência, houve um gradual imigração europeia da Inglaterra, França, Alemanha, Itália, os Bálcãs e evidentemente da Espanha. O Peru também tem a maior colônia de chineses e a segunda maior comunidade de japoneses depois do Brasil na América do Sul.[39]. Os Chineses chegaram na década de 1850 como uma substituição de trabalhadores escravos e desde então se tornaram uma grande influência na sociedade peruana.[40] Pequenos grupos de imigrantes árabes também foram para o país.

De acordo com um estudo genético de DNA autossômico, realizado em 2008, pela Universidade de Brasília (UnB) a composição da população do Peru é a seguinte: 73% de contribuição indígena, 15,10% de contribuição europeia e 11,90% de contribuição africana.[41]

  Idiomas

Em 2007, o espanhol era a primeira língua de 83,9% dos peruanos a partir de cinco anos de idade, sendo a principal língua do país. Ele coexiste com várias línguas indígenas, a mais importante das quais é o Quechua, falada por 13,2% da população. Outras línguas nativas e estrangeiras são faladas por 2,7% e 0,1% dos peruanos, respectivamente.[42]

O Peru é o país origem da lingua dos Incas, o Quechua, que é falado principalmente na serra. A língua quechua peruana é um pouco diferente, à de outros países andinos. O aimará é falado no altiplano peruano. No Peru também se falam outras línguas minoritárias; como quase 100 línguas indígenas que são faladas em áreas remotas e outras línguas que são faladas por imigrantes e seus descendentes. Há comunidades chinesas significativas que falam entre eles o chinês.

  Religiões

Segundo a constituição peruana, a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Peru um estado oficialmente laico. A legislação proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, no entanto, a Igreja Católica goza de um estatuto privilegiado.

O catolicismo romano é a fé predominante no Peru; segundo o censo de 2007, 81,3% da população acima de 12 anos descreveu-se como católicos, 12,5% evangélicos, 3,3% como de outras denominações, e 2,9% como não-religiosos.[43]

  Política

  O Congresso peruano.

O Peru é uma república democrática representativa presidencial com um sistema multipartidário. Sob a atual constituição, o presidente é o chefe de Estado e de governo. Ele ou ela é eleito por cinco anos e não pode buscar a reeleição imediata, deve ficar por pelo menos um termo constitucional antes da reeleição.[44] O presidente designa o primeiro-ministro e, com o seu conselho, o resto do Conselho de Ministros.[45] Há um Congresso unicameral com 120 membros eleitos para um mandato de cinco anos.[46] Leis podem ser propostas tanto pelo poder executivo quanto pelo legislativo, e se tornam leis de facto após serem aprovadas pelo Congresso e promulgadas pelo presidente.[47] O poder judiciário é nominalmente independente,[48] embora a intervenção política em matéria de justiça tenha sido comum ao longo da história e, possivelmente, continue até hoje.[49]

O governo peruano é eleito diretamente e o voto é obrigatório para todos os cidadãos com idade entre 18 a 70 anos.[50] As eleições gerais realizadas em 2006 terminaram em segundo turno com a vitória para o candidato presidencial Alan García, do Partido Aprista Peruano (52,6% dos votos válidos) sobre Ollanta Humala da União pelo Peru (47,4%).[51] O congresso é composto atualmente por Partido Aprista Peruano (36 lugares), Partido Nacionalista Peruano (23 lugares), União pelo Peru (19 lugares), Unidade Nacional (15 vagas ), Aliança para o Futuro Fujimorista (13 lugares), Aliança Parlamentar (9 lugares) e República Democrática do Grupo Parlamentar Especial (5 lugares).[52]

  Centro Histórico de Lima, um Patrimônio Mundial pela UNESCO e centro do poder do governo peruano desde 1535.

O governo peruano está intimamente ligado com a Igreja Católica. O artigo 50 da Constituição reconhece o papel da Igreja Católica como "um elemento importante no desenvolvimento histórico, cultural e moral da nação."[53] O clero e leigos recebem remuneração do Estado, além do estipêndios pagos a eles pela Igreja. Isto aplica-se aos 52 bispos do país, assim como a alguns padres cujos ministérios estão localizados em cidades e vilas ao longo das fronteiras. Além disso, cada diocese recebe um subsídio mensal institucional do governo. Um acordo assinado com o Vaticano em 1980 concede o estatuto especial para a Igreja Católica no Peru.[54] A Igreja Católica recebe o tratamento preferencial em matéria de educação, benefícios fiscais, de imigração de trabalhadores religiosos, e em outras áreas, em conformidade com o acordo. A lei exige que em todas as escolas, públicas e privadas, a educação religiosa seja parte do currículo de todo o processo de ensino (primário e secundário).[55] O catolicismo é a única religião ensinada nas escolas públicas. Além disso, os símbolos religiosos católicos são encontrados em todos os edifícios governamentais e locais públicos.

As relações exteriores do Peru têm sido dominadas por conflitos de fronteira com países vizinhos, muitos dos quais foram liquidados durante o século XX.[56] Há ainda uma disputa com o Chile sobre limites marítimos no Oceano Pacífico.[57] O Peru é um membro ativo de vários blocos regionais e um dos fundadores da Comunidade Andina de Nações. É também um participante em organizações internacionais como a Organização dos Estados Americanos e das Nações Unidas. As forças armadas do Peru são compostas por um exército, uma marinha e uma força aérea. Sua missão principal é a salvaguarda da independência, soberania e integridade territorial do país.[58] As forças armadas estão subordinadas ao Ministério da Defesa e ao presidente como comandante-em-chefe. A conscrição foi abolida em 1999 e substituída por um serviço militar voluntário.[59]

  Subdivisões

O Peru divide-se em 25 regiões, além da província de Lima. As 25 regiões estão divididas em 194 províncias. As 195 províncias (incluindo a província de Lima) estão subdivididas 1 833 distritos.

A província de Lima, localizada na costa central do país, é a única que não pertence a nenhuma região. A cidade de Lima, capital do país, está localizada nesta província.

A região de Callao, onde se localiza a cidade de Callao, possui uma única província, a província constitucional de Callao.

As regiões do Peru foram criadas em 2002 para substituir os antigos departamentos. O termo "departamento" e o termo "região" fazem alusão a um mesmo território, por este motivo, muitas pessoas ainda utilizam o temo "departamentos" quando se referem às atuais regiões do Peru.

Veja abaixo a lista das 25 regiões e suas respectivas capitais:


  Economia

[[Ficheiro:|220px|alt=|Esquerda: O porto de Callao é o principal ponto de saída das exportações peruanas.
Direita: Centro financeiro em San Isidro, Lima, Peru.]]
Esquerda: O porto de Callao é o principal ponto de saída das exportações peruanas.
Direita: Centro financeiro em San Isidro, Lima, Peru.

A economia do Peru tem experimentado um crescimento significativo nos últimos 15 anos. É considerado um mercado emergente de acordo com o MSCI.[60] O Peru tem uma alta pontuanção no Índice de Desenvolvimento Humano, de 0,806, segundo relatório de 2008.[61] A renda per capita de 2008 foi de US$ 8.594;[62] em 2009, 34,8% de sua população total era pobre, incluindo 11,5% que é extremamente pobre.[63] Historicamente, o desempenho econômico do país foi amarrado às exportações, que fornecem divisas para financiar importações e os pagamentos da dívida externa.[64] Embora as exportações apresentem receita substancial, o crescimento auto-sustentado e uma distribuição mais igualitária da renda provaram-se elusivos.[65]

A política econômica peruana tem variado muito ao longo das últimas décadas. O governo de Juan Velasco Alvarado (1968-1975) introduziu reformas radicais, que incluíram a reforma agrária, a expropriação das empresas estrangeiras, a introdução de um sistema de planejamento econômico e a criação de um amplo setor estatal. Estas medidas não conseguiram atingir os seus objetivos de redistribuição de renda e o fim da dependência econômica de países desenvolvidos.[66]

Apesar destes resultados negativos, a maioria das reformas não foi revertida até a década de 1990, quando a liberalização do governo de Alberto Fujimori terminou com os controles de preços, o protecionismo, as restrições ao investimento direto estrangeiro, e mais propriedade estatal das empresas[67] As reformas têm permitido um crescimento econômico sustentado desde 1993, à exceção de uma queda após a crise asiática de 1997.[68]

Os serviços representam 53% do produto interno bruto nacional peruano, seguidos pela indústria transformadora (22,3%), indústrias extrativas (15%) e impostos (9,7%).[69] O recente crescimento econômico tem sido impulsionado pela estabilidade macroeconômica, melhoria das condições comerciais, investimentos crescentes e pelo consumo.[70] Espera-se aumento do comércio após a aplicação de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, assinado em 12 de abril de 2006.[71] As principais exportações do Peru são de cobre, ouro, zinco, têxteis e farinha de peixe. Seus principais parceiros comerciais são os Estados Unidos, China, Brasil e Chile.[72]

  Infraestrutura

  Educação

A educação no Peru está sob a jurisdição do Ministério da Educação, encarregado de formular, implementar e supervisionar a política educacional nacional.[73] De acordo com a constituição, a educação é obrigatória e gratuita nas escolas públicas dos níveis da educação infantil, primária e secundária.[74] É também gratuita nas universidades públicap para estudantes que não possuem condições de pagar.[74] Em 2008, várias instituições como a UNESCO, World Bank e Banco Interamericano de Desenvolvimento afirmaram que o Peru possui o melhor sistema educacional da América Latina[75] e que os índices de matrículas da educação primária, secundária e superior são os mais altos da América Latina.[75]

  Cultura

  Detalhe de pintura cusquenha, arte religiosa de cunho catequista, da região de Cuzco, típica do século XVII.

Desde o período pré-colombiano o Peru foi o centro de várias civilizações de povos americanos pré-incaicos tais como a cultura Chavín, Moche, Nazca, Paracas, Huari e Tiahuanaco, além do amálgama posterior sob o Tawantinsuyu ou império Inca, que terminou com a conquista espanhola, cuja influência cultural marca e domina o Peru até hoje.

As culturas pré-colombianas desenvolveram-se notavelmente em ramos próprios e originais, embora com recíprocas interações, cada uma contribuindo e legando à outra grandes realizações sociais, tais como atestadas pela notável arquitetura, com excelente cerâmica, fina ourivesaria, escultura e construção monumental.

Foi magnífico o desenvolvimento dessa região na agricultura, desde muito cedo, com a utilização de engenhosas obras de irrigação, campos de cultivo em terraços e em especial a manutenção e desenvolvimento de várias espécies vegetais de grande valor alimentar, depois espalhadas por todo o mundo (como é o caso do tomate, das batatas e da coca).

  Um tipo de arma peruana (lançadeira), feita de pelos de alpaca.

Os incas adonaram-se desse caldo cultural, não apenas o mantendo mas o incrementando e disseminando pela vasta região andina da América do Sul, tornando-se grandes construtores. A conhecida cidade montanhosa de Machu Picchu e os edifícios de Cuzco são o exemplos de sua excelência arquitetônica.

Durante o período colonial formou-se na região de Cuzco importante escola de pintura, a chamada Escola de Cuzco, que foi a primeira agremiação artística das Américas e exerceu influência em toda a região andina, desenvolvendo singular síntese entre elementos do barroco espanhol com as visões de mundo indígenas.

Depois da independência, o Peru atravessou várias fases desde a cultura hispânica colonial até o Romantismo europeu, com um movimento cultural nos princípios do século XX que resgatou o " indigenismo", similar ao ocorrido no Brasil, que expressava nova consciência da cultura índia ancestral.

Desde a Segunda Guerra Mundial, escritores peruanos, artistas, e intelectuais como César Vallejo e José María Arguedas participam dos movimentos artísticos e intelectuais mundiais, conquanto já inseridas as influências norte-americanas e europeias modernas. Atualmente os mais conhecidos são: o Prêmio Nobel da Literatura Mario Vargas Llosa, Alfredo Bryce Echenique, Julio Ramón Ribeyro, Santiago Roncagliolo entre outros.

  Esportes

O esporte mais popular do Peru é o futebol. O Peru se classificou para quatro Copas do Mundo FIFA (1930, 1970, 1978 e 1982) tendo como melhor colocação o 7º lugar em 1970. Outros resultados alcançados pela seleção nacional de futebol incluem duas Copa América em 1939 e 1975. Os principais clubes de futebol são o Universitario de Deportes, Alianza Lima, Cienciano e Sporting Cristal. O Cienciano é o clube de futebol do país mais bem sucedido, tendo mais campeonatos internacionais, incluindo a cobiçada Copa Sul-Americana e a Recopa Sul-Americana.

O voleibol é o segundo esporte mais popular do país. Praticado principalmente pelas mulheres; nos Jogos Olímpicos de 1988 a seleçao feminina de voleibol ganhou a medalha de prata.

No tênis, seu melhor jogador foi Luis Horna, nº 33 do mundo em simples e nº 15 em duplas [76].

Nos Jogos Olímpicos, o Peru possui somente uma medalha de ouro em tiro.

Boxe, surf, windsurf, xadrez e as artes marciais também são esportes bem sucedidos no Peru.

  Feriados

Feriados
Data Nome em português Nome local Observações
1 de Janeiro Ano Novo Año Nuevo
Março/Abril Semana Santa Semana Santa
1 de Maio Dia do Trabalho Día del Trabajo
2° Domingo de Maio Dia das Mães Día de la Madre
7 de Junho Dia da Bandeira Día de la Bandera
3° Domingo de Junho Dia dos Pais Día del Padre
29 de Junho São Pedro e São Paulo San Pedro y San Pablo
28 e 29 de Julho Festas Pátrias Fiestas Patrias
30 de Agosto Santa Rosa de Lima Santa Rosa de Lima Padroeira do Peru
8 de Outubro Combate Naval de Angamos Combate Naval de Angamos
1 de Novembro Dia de todos os santos Día de todos los santos
2 de Novembro Dia dos Fiéis Defuntos Día de los Fieles Difuntos Finados
8 de Dezembro Dia da Imaculada Conceição Día de la Inmaculada Concepción
25 de Dezembro Natal Navidad

  Ver também

Referências

  1. Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
  2. Ranking do IDH 2010. PNUD. Página visitada em 4 de novembro de 2010.
  3. Lynch, Thomas F, R. Gillespie, John A. J. Gowlett, and R. E. M. Hedges. "Chronology of Guitarrero Cave, Peru." Science. August 1985 (retrieved 23 Feb 2010)
  4. Jonathan Haas et al, "Dating the Late Archaic occupation of the Norte Chico region in Peru", p. 1021.
  5. Terence D'Altroy, The Incas, pp. 2–3.
  6. Enrique Mayer, The articulated peasant, pp. 47–68.
  7. Cowley, Geoffrey. "The Great Disease Migration." Newsweek (Special Issue, Fall/Winter 1991) pp. 54-56
  8. Hemming, John. The Conquest of the Inca. New York, NY: Harcourt, Inc., 1970, 28-29.
  9. Recopilación de leyes de los Reynos de las Indias, vol. II, pp. 12–13.
  10. Peter Bakewell, Miners of the Red Mountain, p. 181.
  11. Margarita Suárez, Desafíos transatlánticos, pp. 252–253.
  12. Kenneth Andrien, Crisis and decline, pp. 200–202.
  13. Mark Burkholder, From impotence to authority, pp. 83–87.
  14. Scarlett O'Phelan, Rebellions and revolts in eighteenth century Peru and Upper Peru, p. 276.
  15. Timothy Anna, The fall of the royal government in Peru, pp. 237–238.
  16. Charles Walker, Smoldering ashes, pp. 124–125.
  17. Paul Gootenberg, Between silver and guano, p. 12.
  18. Paul Gootenberg, Imagining development, pp. 5–6.
  19. Paul Gootenberg, Imagining development, p. 9.
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  45. Constitución Política del Perú, Article N° 122.
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  73. Ministerio de Educación, Información General. Visitado em 15 de junho de 2007.
  74. a b Constitución Política del Perú, Article Nº 17.
  75. a b http://www.anuies.mx/servicios/p_anuies/publicaciones/revsup/res117/ftext15.htm
  76. Tenista peruano

  Ligações externas

Commons
O Commons possui multimídias sobre Peru
Wikipedia lexikon2.jpg   Nota linguística: A grafia adequada à norma padrão da língua portuguesa (tanto na variação europeia, quanto na brasileira) é Peru. É frequente depararmo-nos com a designação Perú, que na língua portuguesa é um castelhanismo inadequado e desnecessário. Segundo a norma padrão da língua portuguesa, não devem ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -u (ou seja, acento tônico na última sílaba), tais como: Aracaju, caju, pitu, tatu, caramuru, Iguaçu, Moji-guaçu, Pitimbu ou Peru..



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